Sintrae critica não associados que se beneficiam com as conquistas mas que em nada contribuem

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A diretoria do Sintrae-MS lamentou a decisão da Justiça do Trabalho e comentou: “Essa atitude, em que pese receber o aval da Justiça do Trabalho, não se apresenta como ética e digna da categoria dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino. Consoante o princípio constitucional da isonomia, os iguais devem ser tratados de forma igual, na exata medida em que se igualam. Ora, se todos se beneficiam igualmente das conquistas conseguidas pela entidade, sem qualquer ressalva, nada. Mais justo que todos contribuam para viabilizá-las. Não se pode conceber como ética e moral a atitude daqueles que só querem os direitos, sem dever algum. Isto é incompatível com o Estado democrático de direito, implantado no Brasil, com a Constituição de 1988”.



Por isso, o Sintrae-MS propõe à categoria: “a quem tem o dever de bem representar, e procura fazê-lo com zelo e afinco, que entre nesse debate e defenda, também com ênfase, a igualdade de tratamento entre todos, ou seja, para se beneficiar das conquistas da Entidade, é preciso contribuir para que sejam alcançadas. Afinal a Entidade é a única ferramenta de luta em defesa dos direitos e das reivindicações dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino no Estado de Mato Grosso do Sul; e, para se manter e ser forte e poder enfrentar à altura a intransigência e a força patronal, precisa de sustentação financeira. Essa sustentação só pode vir dos trabalhadores, pois do contrário, o sindicato de nada lhes serviria”.




Para o presidente do Sintrae-MS, Ricardo Martinez Froes, “Não é justo nem ético transferir toda a responsabilidade pela sustentação da entidade aos associados, principalmente a estes com remuneração média de R$ 750,00 mensais, quando os não associados também são beneficiados e em igualdade de condições com eles, no reajuste salarial e das garantias sociais, incluídas nas convenções coletivas” pondera.



“Fraternalmente”, segundo Froes, a entidade faz um alerta aos não associados que se associam aos patrões, contra a contribuição à entidade: “Como diz o poeta Augusto dos Anjos, em seu poema Versos Íntimos: A mão que afaga é a mesma que apedreja. O mesmo patrão que incentiva o trabalhador não associado a recusar-se a contribuir para a manutenção do Sintrae-MS , deliberadamente, usurpa os direitos de todos os integrantes da categoria. Para tanto, precisa de Sindicato fraco, e sindicato sem dinheiro, vindo da categoria, nada pode fazer em defesa dela”.


Fonte: http://www.clicnews.com.br