Negociações 2018
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- Categoria: Negociações
- Criado em Terça, 20 Março 2018 11:58
- Última atualização em Quinta, 28 Junho 2018 17:51
- Publicado em Terça, 20 Março 2018 11:58
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Negociação Salarial 2018: Sintrae-MS X Sinepe-MS
O reajuste salarial para o ano de 2018 foi definido, até que enfim!
Em audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT 24ª), no dia 22 de junho, presidida pelo Desembargador João de Deus Gomes, presidente do Tribunal, com participação do procurador do trabalho Leontino Ferreira de Lima, o Sintrae-MS e Sinepe-MS definiram os índices de reajustes salariais para o ano de 2018, com efeito retroativo ao dia 1º de março, data-base da categoria, que são os seguintes:
Educação básica: 2,50% (dois inteiros, vírgula cinquenta por cento), para os salários normativos (pisos) e os salários acima destes.
Educação superior:
- Salários normativos (pisos): 2,25% (dois inteiros, vírgula vinte e cinco por cento).
- Salários acima dos pisos: 2% (dois inteiros por cento).
Pisos salariais SINTRAE-MS E SINEPE-MS – VÁLIDOS PARA MAR/2018 A FEV/2019
NÍVEIS DE SALÁRIO NORMATIVO - EDUCAÇÃO BÁSICA |
Março/2017 |
Março/2018 |
A- Educação Infantil |
10,72 |
10,98 |
B- Ensino Fundamental I |
10,72 |
10,98 |
C- Ensino Fundamental II |
12,33 |
12,64 |
D- Ensino Médio |
20,26 |
20,77 |
E- Cursos Livres e Idiomas |
20,26 |
20,77 |
F- Auxiliar Administrativo |
1.012,26 |
1.037,57 |
G- Auxiliar Docente |
1.012,26 |
1.037,57 |
H- Auxiliar de Serviços Gerais |
976,34 |
1.000,75 |
NÍVEIS DE SALÁRIO NORMATIVO - EDUCAÇÃO SUPERIOR | Março/2017 | Março/2018 |
I - Professor - Educação superior | 34,64 | 37,19 |
J - Auxiliar Administrativo | 1.012,26 | 1.035,03 |
K - Auxiliar Docente | 1.012,26 | 1.035,03 |
L - Auxiliar de Serviços Gerais | 976,40 | 998,31 |
As diferenças salariais, retroativas a 1º de março, inclusive para os trabalhadores que já se desligaram das instituições de ensino, serão pagas até o quinto dia útil de setembro.
Vale destacar que os índices negociados, ainda que distantes da expectativa do Sintrae-MS e dos (as) trabalhadores (as), não deixam de representar significativa conquista, neste contexto conturbado de desenfreada caça aos direitos trabalhistas, principalmente levando-se em conta que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período de 1º de março de 2017 a 28 de fevereiro de 2018, totalizou 1,81% (um inteiro, vírgula oitenta e um por cento).
Assim, para os (as) professores (as), auxiliares docentes, administrativos (as) e de serviços gerais, que atuam na educação básica, o aumento real, ou seja, o índice acima da inflação, foi de 0,69% (zero, virgula sessenta e nove décimos por cento); para os (as) que atuam no ensino superior: 0,44% (zero, virgula quarenta e quatro por cento) aos (às) que recebem salários normativos (pisos) e 0,19% (zero, virgula dezenove por cento) para os (as) que recebem acima destes.
Kroton x negociações salariais
Ressalta-se, para conhecimento de todos (as) integrantes da categoria, que as negociações coletivas com o Sinepe-MS, a partir da chegada da Kroton Educacional a Campo Grande, ficam mais difíceis ano a ano. Isto, graças à influência que este grupo econômico, que faz da educação mera mercadoria, exerce sobre o ensino superior, no Estado, inclusive, especialmente à mesa de negociação e nas assembleias das escolas.
O representante da Kroton, em todas as reuniões de negociação, das quais participou, tratou com total desprezo e, não raras vezes, com desdém, as condições de trabalho e as reivindicações dos (as) trabalhadores (as). Para ele, negociação coletiva com os representantes dos (as) trabalhadores (as) só faz sentido se tiverem como objetivo a redução de direitos; ampliá-los, jamais.
Que a Kroton adote esta conduta, à mesa de negociação, não causa surpresa ao Sintrae-MS, pois que ela é repetida no cotidiano das relações com os (as) trabalhadores(as). O que surpreende é a tácita concordância dos demais representantes de escolas, com ela, que, a rigor, nada - ou pouco - fazem para que as negociações tenham bom curso e bom êxito. A concordância com o ajuizamento do Dissídio Coletivo é prova cabal deste apoio tácito - se é que assim pode ser chamado -; concordaram com o dissídio com a expectativa de que o TRT, no máximo, concederia a reposição da inflação, caso o julgasse.
Para que as dificuldades enfrentadas nas negociações deste ano, não se repitam nos anos seguintes, faz-se absolutamente necessária a mais ampla participação de todos (os) integrantes da categoria, inclusive com denúncias públicas do descompromisso da Kroton – mantenedora da Uniderp - e de outras instituições de ensino que agem como ela, com a valorização dos (as) trabalhadores (as) e com o padrão de qualidade social da educação.
Cordialmente,
Professor Eduardo Botelho – presidente do Sintrae-MS
Campanha Salarial 2018: 4ª Rodada de negociação é marcada por impasse
A 4ª rodada de negociação salarial entre o SINTRAE-MS e SINEPE-MS aconteceu nesta tarde (25/04) e foi marcada por impasse. Sem avanços nas propostas de reajuste salarial para o ano de 2018, o sindicato dos trabalhadores não fechou acordo.
O presidente do SINTRAE-MS, professor Eduardo Botelho, explica que aconteceram tentativas de negociação, mas que foram frustradas pela inflexibilidade do sindicato patronal. “Fizemos diversas propostas, embasadas na economia e com objetivo de valorização profissional, no entanto, os representantes patronais foram intransigentes e apresentaram contraproposta de apenas 1,81% na proposta de aumento de salário em geral. Os trabalhadores não aceitam este índice. Os patrões insistem em oferecer apenas a inflação maquiada pelo governo, nada mais que isso”, explica.
3ª Rodada de Negociação Salarial: Houve proposta, mas sem valorização
No dia 12 de abril, aconteceu a 3ª rodada da negociação salarial dos trabalhadores do ensino privado do Mato Grosso do Sul. O SINTRAE-MS informa que a proposta apresentada pelas entidades patronais desvaloriza aqueles que colaboram para o desenvolvimento das instituições: professores, auxiliares administrativos e auxiliares de serviços gerais.
O Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul) apresentou um reajuste de 1,81% linear e 2% para os Pisos Salarias.
O Sintrae-MS critica duramente a proposta. "Temos acesso a pesquisas com os índices cobrados pelas mensalidades em 2018, o aumento foi em média de 7,58%. Agora, na hora de negociar os salários, os representantes dos estabelecimentos minimizam o reajuste dos trabalhadores", ressalta o presidente, professor Eduardo Botelho.
Como não houve acordo na última mesa, os sindicatos agendaram reunião para a próxima negociação no dia 25 de abril.
A database (período no qual começa a vigorar o valor do reajuste acordado entre os sindicatos) é 1º de março e foi assegurada pelo Sintrae-MS, por isso haverá retroatividade dos valores negociados. A inflação do período é de 1,81% pelo INPC (índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Educadores das escolas particulares criticam proposta patronal para reajuste salarial
Desde fevereiro, professores e funcionários das escolas e universidades particulares de Mato Grosso do Sul se articulam para negociação coletiva de trabalho e demonstram indignação com a proposta patronal apresentada para o ano letivo de 2018. De acordo com o Sintrae-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado do MS) o reajuste salarial sugerido pelas instituições é muito abaixo da expectativa da categoria, aquém das necessidades básicas para a valorização e dignificação dos profissionais da educação.
Já ocorreram três reuniões de negociação entre o Sintrae-MS e Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do MS). Na primeira, foi assegurada a database que é 1º de março, isto é, o reajuste salarial - após firmado o acordo - deverá retroagir aos salários vigentes a partir de fevereiro; na segunda, os representantes das instituições privadas ofereceram apenas 1% de reajuste; e na terceira, que aconteceu no dia 28 de março, as instituições de ensino acrescentaram 0,25%, totalizando 1,25% de proposta.
O presidente do sindicato dos trabalhadores, professor Eduardo Botelho, questiona o índice inflacionário do período (1,81% conforme o INPC- Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o qual considera “maquiado” porque está fora da realidade do setor educacional privado.
Pesquisas do IBGE revelam reajustes consideráveis nas matrículas em Campo Grande no ano de 2018, os dados foram divulgados em fevereiro: As mensalidades do ensino fundamental aumentaram em média 10,15%, a educação infantil subiu 9,88%, ensino médio 6,65% e o ensino superior, 3,66%.
Eduardo ressalta que além de absurdo, o índice apresentado pelas entidades patronais é ainda inferior ao INPC. “Estamos dispostos a negociar, mas queremos resultados justos. No cotidiano sentimos no bolso o aumento considerável no preço dos produtos da alimentação, gasolina, saúde e na própria educação”, enfatiza.
“Como já constatado, reajustes das mensalidades em Mato Grosso do Sul subiram. Para justificar este aumento, na planilha das escolas e universidades deve estar previsto o salário dos trabalhadores. No entanto, na mesa de negociação nos deparamos com a depreciação do reajuste salarial. A categoria da educação deve ser valorizada, os profissionais da área merecem ser tratados com respeito, ainda mais diante deste cenário que vivenciamos no país, no qual é evidente que somente com a Educação podemos mudar o Brasil”, destaca o presidente do Sintrae-MS.
Próxima rodada de negociação
A próxima reunião está agendada para o dia 12 de abril. “Nossa expectativa é de que as negociações prossigam com a proposta de índice coerente. Estamos abertos ao diálogo, mas destacamos que não aceitaremos perdas aos trabalhadores”, ressalta o professor Eduardo Botelho.