"Há uma deficiência na avaliação dos professores no Brasil", diz Fernando Haddad
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- Categoria: Informativos sobre Educação
- Criado em Quinta, 28 Fevereiro 2013 13:45
- Última atualização em Quinta, 28 Fevereiro 2013 13:45
- Publicado em Quinta, 28 Fevereiro 2013 13:45
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O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira que vai abrir uma consulta pública para que a sociedade avalie itens que podem fazer parte de uma prova nacional para professores. A declaração foi feita durante o Seminário Avaliação de Professores da Educação Básica: Uma Agenda em Discussão, no Rio de Janeiro.
A proposta é criar um banco nacional de docentes, uma relação de profissionais de educação qualificados que poderiam ser contratados por qualquer município brasileiro.
— Há uma deficiência de instrumentos fidedignos para avaliação dos professores no Brasil. Uma matriz já ajudaria as instituições formadoras e os professores. Estamos procurando amadurecer essas questões para dar maior clareza do que se pretende na formação de professores — disse Haddad.
Os itens que serão analisados pela sociedade na consulta pública foram levantados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que, durante um ano, analisou os mecanismos de avaliação de professores usados em países com alto desempenho em educação.
Atualmente, a avaliação de professores no Brasil ocorre, prioritariamente, a partir de índices criados para quantificar taxas de aprovação e desempenho de alunos, como é o caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ou o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos alunos do nível superior.
— O Enade, ainda que tenha sido nossa opção reformulá-lo, capta pouco daquilo que se quer captar da ótica do gestor que quer contratar o profissional de atuação adequada em sala de aula — avaliou o ministro.
Fernando Haddad defendeu que o papel do Ministério da Educação é fornecer instrumentos para que os Estados consigam avaliar e melhorar seu corpo docente, e reconheceu que, em contrapartida, é preciso garantir salários dignos e progressão de carreira.
O ministro lembrou ainda que essa é a fase de a sociedade avaliar o trabalho feito pelo Inep, mas que vai depender do próximo governo a aplicação do exame nacional para professores.
De acordo com o Diário Oficial, o exame tem os seguintes objetivos:
I - subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na realização de concursos públicos para a contratação de docentes para a educação básica;
II - conferir parâmetros para auto-avaliação dos futuros docentes, com vistas à continuidade da formação e à inserção no mundo do trabalho;
III - oferecer um diagnóstico dos conhecimentos, competências e habilidades dos futuros professores para subsidiar as políticas públicas de formação continuada;
IV - construir um indicador qualitativo que possa ser incorporado à avaliação de políticas públicas de formação inicial de docentes.
Agência Brasil